☺ sorria, você está sendo programado
| About

# Jornal dos Pindoramas #2: Copacabana, Superbacana

Note for non-lusophones: If you can’t read any Portuguese, click here.

Desde a última (e primeira) edição desse jornal — que é mais um “devlog” —, certo progresso vem a ser feito. Apesar de estar a um tempo sem fazer nenhum teste e nenhuma alteração significativa no repositório principal do Copacabana — o que confesso que deveria ser a prioridade quando consideramos a ideia de um sistema-base em si —, houve trabalho significativo em relação aos programas que vão no espaço de usuário e coisas relacionadas a esses.
Resumindo, mais dois programas serão adicionados: o zipar, que pretende substituir os programas unzip e zip do pacote Info-ZIP de forma gradual, e o bzip2(2), que é uma reimplementação do programa bzip2 em Go feita originalmente pelo Pedro F. Albanese e que vem a ser desenvolvida em trabalho conjunto para que seja compatível com a implementação original em C.
O desenvolvimento do gerenciador de pacotes Pacote também foi retomado nesse tempo e passará a receber mais atenção durante as próximas duas semanas, com um “plano de ataque” do que deverá ser implementado, o que é basicamente um decalque feito em cima da documentação provida pela própria Sun Microsystems somada ao código-fonte que foi liberado por meio do OpenSolaris. Sim, esse plano é antigo, mas apenas agora estamos conseguindo colocar em prática. Por conta desses projetos, os três escritos em Go, a libcmon precisará receber mais código (e passar por uma refatoração na biblioteca para discos) e tivemos que fazer uma bifurcação da biblioteca getopt escrita pelo Russ Cox, visto que ele não parece ser muito fã de aceitar contribuições.
Indo para o Heirloom NG, os testes serão concluídos até o próximo dia 20 e um artigo mais detalhado, que vem sendo escrito desde o ano passado e que passou o último ano no fundo da geladeira, será publicado junto. Além disso, algumas ferramentas estão precisando de uma revisão após uma mudança feita na última versão, que se tratou de uma mudança da escrita na declaração de um array de caracteres em C, já que, caso a mudança tenha sido feita de forma errada, essas podem facilmente ter alguma falha de segmentação escondida prestes a explodir na fuça de alguém.
Sendo mais específico sobre o Copacabana, várias ações já foram planejadas e tiveram suas prioridades levantadas, com a primeira sendo finalizar a compilação do sistema por meio do sistema de montagem atual e, consequentemente, a segunda se trata do foco no desenvolvimento de uma ferramenta para gerar o arquivo de inicialização do sistema, vulgo initrd, o que vai possibilitar, além de uma instalação padrão com um esquema de particionamento moderno, também a criação de uma ISO inicializável para a arquitetura AMD64; brevemente após isso, também será criada uma imagem que funcione em aparelhos ARM do tipo TV Box, com certa base no port do Armbian para esse tipo de aparelho que já foi desenvolvido pelo Paolo Sabatino. Se tudo correr bem em relação ao port para ARM, podemos voltar a ter nosso servidor próprio e a hospedar nossos arquivos novamente, sem depender apenas do GitHub — ou ainda do SourceForge, no caso do Heirloom.
E, por último, no dia 20 do último mês (6), o Copacabana também ganhou logo e banner com uma identidade visual própria, diferente da anterior que era baseada inteiramente no “banner-logo”, digamos assim, do próprio Pindorama. Foi criada pelos meus amigos de longa-data Asriel e Samuel. Dê uma olhada (enquanto eu ainda não coloco no site):

Banner do Copacabana Linux

Apesar de parecer algo meramente estético, essa mudança vem num momento importante: apesar do plano geral para o Copacabana ainda ser o mesmo, as coisas estão consideravelmente mais ligeiras. O jogo é rápido e fazemos questão de que os rumores do desenvolvimento não se confinem a boatos, bares e boates. “Toda essa gente se engana ou então finge que não vê que eu nasci para ser o Superbacana.”